março 21, 2011

“ Mais pessoas, conseguem dizer mais coisas, a mais pessoas, como nunca anteriormente na História e esse número aumenta todos os dias”…


(A propósito do visionamento do filme “Us now” - ver aqui)


O vídeo começa com esta frase que de  certo modo faz uma síntese do que é a dimensão do cibermundo hoje e das suas infinitas possibilidades.

Ao longo do filme, vão sendo apresentadas várias situações práticas, só possíveis devido à democratização da utilização dos computadores e à possibilidade de existência de uma rede.  É tido como importante de que as possibilidades de utilização da rede, para além de serem variadas (prestação/intercâmbio de serviços, fóruns de opinião, prestação de informações, participação cívica, interacção cultural, lazer) permite que milhões de pessoas partilhem vivências e contribuam para a felicidade e o aumento do “conhecimento” de outras, a “troco de nada”. É referido que muitas pessoas acabam por confiar mais numa opinião baseada em vivências pessoais recolhida num fórum a propósito de determinada situação que as afecte do que no recurso a especialistas da área, por exemplo na área da saúde. A troca de experiências torna-se numa mais-valia, partilhada por muitas pessoas, permitindo repensar e reorganizar muitos aspectos do dia-a-dia.
A existência desta rede permite que "todos" ( ou quase todos) possam ter opinião sobre os mais diversos aspectos e que, se não a tiverem, se informem e passem a tê-la.
Por outro lado é referida a possibilidade prática que as pessoas passaram a ter de, sem saírem de sua casa, tentar mudar algumas coisas no mundo constituindo-se em grupos de pressão, o que por vezes é desconfortável para os poderes instituídos. Basicamente é referido que a Internet representa a oportunidade de “fazer as coisas melhor” e de dar poder de representatividade às pessoas nalgumas situações, seja a nível cívico, seja ao nível das empresas. Nomeadamente em relação aos “governos”, as pessoas (cidadãos), alteraram comportamentos e passaram a ter a mesma atitude que têm enquanto clientes com as empresas, com a possibilidade de reclamar ou reivindicar, quando acham que algo não está bem ou de modo inverso passarem a sugerir que algo pode ser feito melhor ou de outra maneira. Os governos, pelo seu lado, têm vindo a tirar partido das novas tecnologias nas mais diversas situações .
Com a internet, a política poderá ser mais representativa, pois a tecnologia permite chegar a mais pessoas e uni-las em volta de causas ou opiniões, dando-lhes possibilidade de ter voz e de, em maior consciência, fazer escolhas. No entanto é referido que o facto de haver a possibilidade de as escolhas serem feitas pela maioria isso poder não representar o que é melhor para o bem de todos, o que pode ser perigoso.  É mesmo dada uma visão apelidada de utópica, de todos poderem fazer “parte do governo”, não sem referir que esse facto, à partida, afastaria todos os que não têm conhecimentos informáticos ou por qualquer motivo não têm acesso à rede . De qualquer modo a tendência será de que a massificação das tecnologias permitirá cada vez a mais pessoas terem a oportunidade de ter opinião e que isso vai ter consequências ao nível dos sistemas políticos que actualmente vigoram
O facto de” mais pessoas conseguirem dizer coisas a mais pessoas”, poderá nalguns casos levar ao “caos” na gestão de todas essas opiniões. Por outro lado e numa perspectiva mais positiva, a participação das pessoas, mediada pela tecnologia, pode ajudar os políticos a tomarem melhores decisões, mais "próximas da vontade do povo". Estes, deverão ter em conta o “valor social” de alguém se importar com uma causa e querer contribuir para ela, permitindo deste modo  que a democracia seja efectivamente mais representativa.
Como foi referido na aula, aos mais variados níveis, “ O Ciberespaço existe e produz efeitos!”

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